“Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o Reino de Deus está dentro de vós.” (Lucas 17:20,21)
Quando entendemos que o Reino de Deus está dentro de nós, entramos no desafio de descobrir que nossa responsabilidade se ampliou. Quando entendemos sobre o Reino e não nos posicionamos, somos considerados súditos do Rei e revelados ignorantes aos direitos que os príncipes têm por direito.
Vimos nas semanas anteriores que anunciar ‘O Reino de Deus está dentro de nós’ é desafiar uma geração a promover o Rei e o que Seu Reino tem e exige de cada indivíduo que deseja mergulhar nessa promessa e consolidar esses princípios. Ninguém melhor do que Jesus e o Apóstolo Paulo para ensinarem sobre os princípios que devem ser vividos e o que precisa ser eliminado, apresentando o que é o Reino e o que não é o Reino.
Em Romanos 14:17, Paulo diz que o Reino de Deus não é o que nós pensamos, mas o Reino de Deus é o que o Rei exige. “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.” (Romanos 14:17)
2. O Reino de Deus não é comida
Agora que você sabe como os reis e imperadores procediam, inclusive matando cristãos para divertimento deles e do povo, em meio a orgias de glutonarias, pode assimilar melhor esta palavra: O Reino de Deus não é comida.
Paulo adverte a Igreja a dar as costas para Roma, para sua cultura hedonista, e se voltar para os princípios solenes e sagrados, rompendo com os cultos pagãos que, na verdade, são conservados até hoje em Roma, com outra roupagem, para ludibriar a mente dos súditos e escravizar um povo tão nobre.
Paulo fala de comida como sinal do reino para os pagãos, e adverte a Igreja que a vida em Deus não é comida, isto é, não é um culto onde se oferece aos deuses alimento, como culto a Dionísio e Esculápio, como a Baco, deus do vinho.
Nesses cultos, havia orgias, bacanais em troca de curas, intensidade de imoralidade, e a petição era feita após oferecer muita comida a ídolos. “Portanto, meus amados, fugi da idolatria.” (I Coríntios 10:14)
Quero explanar um pouco sobre Fagos, que em grego é comer, alimentar-se, saciar-se, sentir desejo, provocar prazer. Essa palavra tem uma junção com outra palavra que se torna uma importante revelação para descobrirmos sobre esse hedonismo que entra no nosso arraial: Sarkófagos. Sarkós (carne), Fagos (alimentar), ou seja, alimentar-se de carne.
Você percebe como as coisas são tão claras? Pois é, o sarcófago não é um ataúde para colocar um defunto tão-somente, mas expressa o prazer daqueles que já estão na sua opcional sepultura se alimentando de carne. Essa palavra carne não é soma, mas sarkós, que é dar liberdade ao pecado.
Quantos de nós conhecemos que estão no Reino, como se fossem de outro reino! “Meu reino não é deste mundo; (...) meu reino não é daqui.” (João 18:36). Somos uma geração que decidiu viver a verdade do Reino que tem de fato um Rei.
Continua...