MULHERES INTELIGENTES DEPENDEM DE DEUS


A capacidade de administrar, de maneira equilibrada, as emoções pode ser um grande desafio, especialmente se essa tarefa é dada a uma mulher. Ansiedade, raiva, insegurança, pessimismo, todos esses sentimentos costumam estar aflorados na alma feminina e pode ser uma batalha tentar substituí-los por domínio próprio, autoestima, paciência e segurança. A boa notícia é que controlar a vida emocional, com inteligência, é possível! Nesta entrevista, a Apóstola Ana Marita Terra Nova nos traz alguns conselhos preciosos.

Cléo Pinheiro
Francieme Costa

Refletir sobre as nossas fraquezas e fortalezas na área das emoções pode ser um importante passo na vida de quem busca o equilíbrio emocional. O Congresso de Mulheres 2013 pretende proporcionar essa oportunidade às participantes?

Servimos o Reino de Deus com nossas fraquezas e fortalezas emocionais. Agora, claro que precisamos vencer as fraquezas para nos fortalecer e alcançar o tão desejado equilíbrio emocional. Isso só é possível quando reconhecemos nossas áreas de debilidades e as colocamos aos pés da Cruz. Creio que isso fica mais fácil quando estamos em meio a um universo de mulheres, como nós, e nos deparamos com a realidade de que não somos as únicas a lutarmos pela mesma causa. E o Congresso de Mulheres oferece, sim, esse tempo de reflexão em cada louvor, dança, ministração, ato profético. Tudo o que fazemos é para glorificar o nome de Deus e levar as mulheres para mais perto do Pai. Sabemos que mulheres feridas emocionalmente tornam-se desequilibradas emocionalmente, por isso vamos em busca desse resgate que não encontramos em nenhum lugar, por mais favorável que seja, a não ser em Deus, após um mergulho dentro de nós mesmas, entendendo o que precisamos vencer para ser, exatamente, o que o Pai tem para nós.

Os livros de autoajuda nunca foram tão procurados. Isso pode ser um reflexo da necessidade que as pessoas enfrentam nos dias atuais de encontrar suporte para seus questionamentos e dificuldades na área emocional. Mas, qual o perigo de se apoiar em um conselho que pode não ser adequado e que, principalmente, não esteja à luz da Palavra de Deus?

Algumas pessoas buscam livros de autoajuda para suprir as suas carências emocionais e descobrir como vencer sentimentos que assolam a alma e perturbam a mente. Outras leem tão-somente para adquirir mais conhecimento e até ajudarem amigos e familiares. Não vejo nenhum problema em ler livros de autoajuda, contanto que não nos esqueçamos de que a maior ajuda a qual podemos recorrer é a ajuda do Alto, do Pai das Luzes, no qual não há sombra nem variação de mudança.

O perigo não está nas literaturas de autoajuda, mas no fato de o cristão, por exemplo, fazer disso o seu apoio, quando sua fonte de instrução para a vida deve ser, principalmente e primordialmente, a Palavra de Deus, que tem todas as respostas para as dúvidas da alma. Agora, não descarto a necessidade de alguns buscarem não apenas livros de autoajuda como até mesmo, se necessário for, ajuda de profissionais como Psicólogos e Psiquiatras em busca de um maior nível de equilíbrio emocional. Isso é ser inteligente e desejar servir a Deus de forma mais eficaz. Enfermos, doentes, não podem dar a Deus o perfeito louvor, foi o que Davi disse ao Senhor.

Administrar as emoções exige um entendimento de como a nossa alma pode controlar a nossa mente e, consequentemente, as nossas emoções. Como desenvolver a mente de Cristo?

Em Romanos 12:1,2, lemos que a nossa mente só pode ser desenvolvida a partir da transformação pela Palavra de Deus. É a Palavra de Deus que promove a renovação da mente, removendo os lixos do passado, ordenando as emoções e nos ajustando para as novidades de Deus. Ninguém consegue desenvolver a mente de Cristo apenas com oração, jejum, louvor. Tudo isso é extremamente importante e deve fazer parte da nossa vida devocional diária, mas a meditação da Palavra é fundamental. É na Bíblia que encontramos força para vencer as intempéries, direção para seguir nos passos de Jesus, confronto para mudar nossas atitudes, conforto para as dores da alma, libertação para os pecados, cura para ser a expressão da glória de Deus na Terra. Quando conhecemos as verdades bíblicas e as promessas nela contidas, não nos perdemos nem nos deixamos seduzir por este mundo. Somos tentados, provados e aprovados por Deus para recebermos naquele DIA a coroa que nos está preparada.

Se aprendermos a controlar a nossa vida emocional com inteligência, poderemos ensinar isso aos nossos filhos. É dessa forma que conseguiremos impactar as novas gerações?

Nossos filhos serão os agentes de transformação nesta geração, assim como creio que a nossa descendência, se Jesus não voltar, será usada para as gerações futuras. Um conjunto de fatores vai levá-los a isso. Ensinar no caminho que deve andar é o primeiro e o mais importante deles, e, também, regar esse ensino através de oração e jejum, bem como ter um testemunho irrepreensível. E só conseguimos ser modelo, exemplo para os nossos filhos quando somos equilibrados emocionalmente. Pais desequilibrados geram filhos desequilibrados e uma sociedade totalmente desordenada em todas as áreas, assim como a que vivemos hoje. Portanto, precisamos, sim, urgentemente e emergencialmente, aprender a controlar a nossa vida emocional com inteligência, buscando sabedoria em Deus para ensinarmos os nossos filhos como sobreviver neste mundo que jaz no maligno sem se desviarem dos princípios da Palavra de Deus. Creio que, dessa forma, conseguiremos mais que impactar as novas gerações, mas transformá-las e conduzi-las a Deus.

Qual a importância do exercício da Inteligência Emocional no discipulado?

Como vamos conduzir um povo sem inteligência?! Essa não é a proposta bíblica. A promessa é que Deus daria ao Seu povo pastores, líderes com inteligência, sabedoria e conhecimento. Escravos não libertam, enfermos não podem ensinar o caminho da cura a outros. No discipulado, não podemos ensinar o que não sabemos, não podemos dar o que não temos. A Bíblia diz que a boca fala do que está cheio o coração. O líder deve mergulhar em Deus, buscar a cada dia níveis maiores de libertação e cura, subir diariamente o degrau que lhe está proposto e, então, conduzir o povo de Deus. A importância do exercício da inteligência emocional no discipulado é fundamental, porque ninguém pode ferir quem está ferido, escravizar ainda mais quem já está preso na alma. A função do líder é ensinar ao discípulo o caminho da libertação, da cura, da oração, do jejum, do amor pela leitura da Palavra, do prazer de estar na Casa de Deus, de viver plenamente para o louvor da glória do Pai.

Esposa, Mãe, Apóstola, Pastora, Líder, Discipuladora... Como realizar essas funções sem se atrapalhar no exercício de cada uma delas? Pela Inteligência Emocional?

Eu diria que pela dependência total de Deus. Apesar de hoje muito se falar em Inteligência Emocional e reconhecermos a importância de termos nossas emoções equilibradas, não podemos esquecer que nossa fonte está em Deus. NEle e para Ele são todas as coisas. Vivemos para ser na Terra a expressão da Sua glória. Nenhuma mulher consegue realizar todas as suas funções, de forma a ter êxito, se não estiver mergulhada em Deus.

Uma mulher que vive apenas por si mesma, pode ter funções de mãe, esposa, profissional, pode ser uma mulher multifuncional, mas não será realizada. Viverá cansada, maldizendo a vida, reclamando pelos quatro cantos. Essa realidade encontramos até mesmo na Igreja, muitas vezes. Deus mesmo disse que há diferença entre o que serve a Ele e o que não serve, e isso em tudo e em todos. Uma mulher que serve a Deus compreendendo quem ela é em Deus, serve com alegria em todas as funções que lhe são confiadas.

Uma palavra sobre o Congresso de Mulheres 2014.

Para 2014, o Congresso de Mulheres será nos dias 29, 30, 31 de Maio e 01 de Junho. Com certeza, será um tempo de muita vida de Deus em nossas vidas. Estaremos abordando o tema Uma mente saudável em uma geração perversa e pretendemos ter como uma das preletoras Joyce Meyer. Vamos estudar Romanos 12:1,2 de uma forma muito profunda e deixar que o Pai descortine Sua Palavra para nós.

Desde já, lanço o convite a todas que desejarem estar conosco para que se esforcem mesmo e venham. Afinal, o Congresso de Mulheres não tem graça sem a sua graciosidade, mulher.